sexta-feira, 26 de junho de 2009

Intercâmbio

Desde que começou um plantio sistemático na E. M. João Brazil, quando canteiros foram delimitados e forrados com serrapilheira, em meados do ano passado, o terreno da escola recebeu sementes e mudas vindas de diversos lugares. Ao mesmo tempo, o terreno produziu sementes e mudas que, se não foram para tão longe como algumas plantas vieram, pelo menos se espalharam por casas e terrenos de alunos, professores e funcionários, promovendo um intercâmbio muito interessante. Pois essa troca de plantas é também uma troca de conhecimento. E quanto mais cresce, maiores são as possibilidades... Hoje a Tainara, da 3D (foto acima), trouxe de casa e plantou na hortinha uma mudinha de saião (Kalanchoe brasiliensis Camb.), e levou consigo sementes de manjericão (Ocimum basilicum) para cultivar...

Hoje também a supervisora Yara trouxe sementes de bertalha (Basella rubia L.) que, além de plantadas, foram distribuídas para alguns interessados...

O urucum (Bixa orellana - no alto à esquerda) veio da Geomata, na Ilha do Fundão, enquanto que o pau-brasil (Caesalpinea echinata - ao lado) veio do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Já o cambará (Lantana camara - embaixo à esquerda) veio do Jardim Califórnia, em São Gonçalo, enquanto que a mandioca (Manihot esculenta - ao lado, já na segunda safra) veio de Galdinópolis, em Nova Friburgo...

(Cinco patinhos na lagoa!!!!!) E em outras duas escolas vai acontecendo a mesma coisa, terrenos cultivados, pessoas plantando e produzindo, espaços transformados e novas ideias surgindo...
Valeu Professora Rosa e Prof. Gustavo!! Vamos que vai rolar!!!

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domingo, 21 de junho de 2009

Inverno

Hoje é o solstício de inverno no hemisfério sul, o dia mais curto que marca o início da estação mais fria. Em lugares acima do Trópico de Capricórnio, como Niterói, este dia não é tão diferente dos outros mais longos do verão. Mas o último pôr-do-sol do outono de 2009 foi quase ao norte da cidade do Rio de Janeiro, com as cores suaves da estação que acabou de passar.


Para o oeste, a vista clássica da baía de Guanabara e das montanhas do Rio: o Pão-de-açúcar, o Corcovado (com o Cristo Redentor encoberto) e o Pico da Tijuca (ponto mais alto à direita).

O inverno é a estação das amendoeiras, árvores largamente plantadas em nossas cidades litorâneas. Enquanto as florestas ficam sempre verdes, suas folhas amareladas, avermelhadas e caídas ao chão dão à paisagem tropical um aspecto europeu de zona temperada. Como a da foto acima, clicada no calçadão de Icaraí no inverno passado.


Dica para a noite mais longa do ano:


Filme completo (em português): aqui!

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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Almanaque do outono 8 - final

Um novo canteiro foi criado perto da entrada da escola (e do parquinho e das salas do 6º ano) com mudas de capim-citronela. Acho que não vai ser fácil mantê-lo, pois ali brincam muitas crianças.

Algumas alunas do 6º ano mostraram autonomia para cuidar do espaço. Sozinhas, em horário vago, juntaram folhas secas do terreno e forraram canteiros abandonados das salas e um novo quadrado.

Outro canteiro novo surgiu avançando pelo corredor da porta da cozinha, um local mal aproveitado e com terra boa. Uma cerca foi feita pelos alunos Juarez e Elson, ambos da 3A, para demarcá-lo.

Eles também refizeram a cerca do canteiro do corredor e aumentaram em um palmo o espaço para as plantas. Em primeiro plano cresce a hortelã-graúda, que tem propriedades medicinais e, dizem, espanta ratos

Alunas da 3A plantaram mudinhas de pimenta onde um pé de abóbora já se desenvolve.

A Clin limpou bem e deixou o terreno mais bonito. Última foto da hortinha no outono de 2009.

Detalhe do mamoeiro.

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terça-feira, 16 de junho de 2009

Clima 2009 - abril e maio

A leitura do termômetro, depois de oscilar no ano passado devido à falta de interesse e hábito dos alunos, este ano parece que engrenou. Atualmente, um terço da turma GR3F preenche as tabelas com a temperatura diária de cada mês, o que garante uma quantidade suficiente de amostras para se chegar a um resultado seguro. Antes, poucos alunos entregavam as folhas, os dados variavam bastante e por isso era mais difícil estabelecer uma média mensal - quem estava lendo o termômetro errado? Hoje, os valores estão mais próximos, dá para perceber quem está variando mais nas anotações e as médias, calculadas com uma quantidade maior de dados, são mais confiáveis.

Percebi que o fato do termômetro ficar mais alto na parede dificulta para os alunos a sua leitura correta. Esta posição, fora do alcance das crianças menores, obriga-os a olharem para cima, numa visão oblíqua da coluna de mercúrio em relação à régua do aparelho. Alguns testes que fiz, lendo com eles, mostraram que pode haver uma variação de 1 ou 2 graus, para cima. Por outro lado, percebe-se que estão lendo melhor, pois essa diferença antes podia ser muito maior. A média de temperatura do mês de abril foi de 25ºC (1ºC mais quente em relação à abril de 2008). Maio também teve a mesma média de 25ºC e foi 3ºC mais quente que o mesmo mês do ano passado.

As tabelas apresentadas são das alunas Ana Carolina Lima (maio, no tôpo) e Maria Victória Bastos (abril, acima). Para saber mais sobre este trabalho clique aqui, aqui, aqui e aqui!

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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Novos moradores

Antes não morava ninguém naquele espaço, mas depois que a vegetação foi crescendo... Com a variedade de espécies vegetais introduzidas, mais as espontâneas, formou-se a base da cadeia alimentar. Com isso, os consumidores primários começaram a aparecer. Como o gafanhoto, inseto da ordem dos ortópteros, que se fartou da mandioca (foto acima) e, depois de colhida, foi comer a bucha (abaixo).

No meio tropical, a vida multiplica-se rapidamente e a terra que tudo dá pode ser também tomada por pragas vorazes. Esse desequilíbrio pode ser observado lá. No começo nem se viam as lagartas, elas só deixavam o rastro nas folhas comidas de maracujá. Agora são muitos desses lepdópteros, que não deixam esta espécie vegetal se desenvolver e não perdoam nem a rúcula.

De vez em quando, surpreendem com alguma novidade...




Atualmente quem vai à hortinha depara-se com um verdadeiro laboratório vivo ao ar livre. O interessante deste espaço de observação é que ele pode quebrar um pouco a noção do aluno de que esses bichos são sempre ameaças e devem ser trucidados. Quantas vezes vi alunos querendo matar uma mariposa ou uma largatixa - até uma esperança - só porque entraram na sala de aula.

Abaixo, percevejos (hemípteros) explorando duas espécies vegetais distintas.


Disse-me a Professora Etelvina, lá da EMJB, que até pouco tempo os livros didáticos de Ciências vinham com uma classificação de bichos nocivos à saúde, o que reforçou muito essa ideia que se tem de dever matá-los. A Professora Maria Julião contou-me que uma vez os alunos viram um gambá e armaram-se de paus e pedras para "acabar" com o animal. Perguntados pelo porquê da perseguição implacável, responderam: "Porque ele fede, fessôra".

As aranhas (aracnídeos) são carnívoras e oportunistas: constroem suas teias próximas às plantas que atram seus alimentos (mosquitos e borboletas).


No budismo, a superioridade do homem está justamente em reconhecer a inferioridade dos animais e por isso mesmo protegê-los. Afinal, é tudo vida.

E este abaixo, é um besouro (coleóptero)?


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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dia mundial do meio ambiente


Fotos do dia 05/06/09 na EMJB, produzidas pelas alunas fotógrafas...

Beatriz Kopke de Oliveira e Brena Galdino Oliveira.

Óleo de cozinha usado recolhido ao longo do semestre.

Matéria que saiu no jornal A Tribuna (Niterói, 5 de junho de 2009 - clique nela para ampliar).

Foto publicada no jornal O Fluminense no dia seguinte. Veja as matérias aqui e aqui.

Horto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que doou as mudas para a EMJB.

Lista das espécies pedidas (só a Lanterna-chinesa estava em falta): 22 mudas para garantir uma para cada turma.

Cópia de um mapa usado pelos alunos da 3A para orientar o plantio.

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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Vida na baía

Semana passada apareceu uma mancha escura na Baía de Guanabara, na beira do mar, na praia das Flechas (foto acima). Mas não era óleo, nem lixo: era um grande cardume de peixinhos. E atrás deles, arraias... Repare com atenção nas fotos abaixo! As arraias ficavam camufladas na areia esperando a comida passar para atacá-la. As imagens são do início da noite, a maré estava cheia e a água batia quase no calçadão. O espetáculo atraiu vários transeuntes curiosos, que paravam para apreciar a cena rara, bem pertinho do MAC.




Veja como costuma estar esse lugar aqui.

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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Geornal












Capas das 11 edições do Geornal - jornal dos alunos de graduação da Geografia/UFRJ - lançadas entre os anos de 1995 e 1997 (veja matérias anteriores).

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