Este chá de 4 ervas é muito apreciado pelos funcionários da EMJB como remédio caseiro para aliviar sintomas de gripe e resfriado. No preparo, a Tonha usa o método de decocção, que consiste em deixar as folhas na água fervendo durante alguns minutos. As 4 plantas utilizadas são cultivadas no terreno da escola desde o ano passado e retrasado. O Luiz mostra a receita abaixo:
Dia: 12 de maio. Atividade: despejo e tratamento do lixo orgânico (revolvendo o montinho da compostagem); plantio de coroas de abacaxi descartadas pela cozinha; preparação de sementeiras (usando caixotes de feira e caixas de papelão); plantio de sementes "paulistas" de pimentas e flores; registro das atividades com a câmera digital. Local: terreno da face sudoeste da EMJB. Duração: de 10:00 às 11:30h. Participantes: alguns alunos do 6º, 7º e 8º ano.
Todas as mudas de árvores plantadas pelos alunos da EMJB no dia 21 de maio (ENO tree planting day) foram doadas pelo Horto Florestal do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Desde o ano passado esta instituição contribui para o plantio de árvores na escola do Morro do Castro, quando fez a doação para o dia mundial do meio ambiente. As mudas solicitadas este ano - 25 no total - são de árvores diversas, algumas nativas da Mata Atlântica (jabuticaba, juçara, pitangão e pau-brasil), outras de diferentes regiões do mundo, como romã (Oriente próximo), cajá-manga (Pacífico) e pau-mulato (Amazônia). Os alunos Bruno Rafael e Fábio Rafael, ambos da turma 8A, estiveram no Horto Floretal e registraram a visita. Os vídeos abaixo revelam duas curiosidades deste dia: a descoberta de um rio limpo na cidade e a grande paixão dos meninos pelos ônibus que circulam nas ruas. Confira!
A foto "oficial"... Saiba mais sobre este evento aqui... Veja como foi em outras escolas aqui e aqui... A EMJB na mídia aqui e aqui... Na lente dos alunos*...
O dia mundial de plantar árvore pelos quatro cantos do mundo**...
Uma das atividades mais apreciadas no ano passado foi a troca de sementes através de cartas com alunos de uma escola pública de São José dos Campos (SP). No início deste ano, alguns alunos me procuraram querendo participar e a Michelle - que foi do 6º ano em 2008 - preparou a sua carta para enviar (foto acima). O vídeo abaixo, feito pela Ana Luiza (da mesma turma - 8B) há poucos dias, é uma outra etapa desta história...
Semana passada, a Geógrafa e Professora Ana Valéria Freire Allemão, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ - São Gonçalo) - que estuda há alguns anos os deslizamentos de terra neste município - veio até a Escola Municipal João Brazil cohecer os locais onde houve deslizamento próximos à escola - todos em Niterói. Depois de conhecer o projeto desenvolvido na EMJB, levei-a (com seu estagiário Gabriel) até a rua A do Loteamento Bento Pestana, onde encontramos Anderson e Andreza (primos e alunos da JB) que, juntos com Higor (irmão dela), nos guiaram pelos caminhos da Cova da Onça. Fomos primeiro na parte baixa da travessa A (foto acima)...
A foto acima é na saibreira, onde ocorreram grandes avalanches...
Lá, a altíssima declividade (encostas verticais!) e o solo totalmente exposto deixam a população ainda mais exposta ao risco de novos deslizamentos...
Por onde passou, a Ana Valéria foi requisitada por moradores locais preocupados com os estragos da chuva. Segundo eles, até hoje - mais de um mês após a catastrófe que atingiu a região - nenhuma autoridade municipal apareceu para avaliar a situação das residências. Angustiados, não conseguem dormir toda vez que ameaça chover forte: uma situação comovente que reflete o abandono do poder público em relação a essa população. A Professora visitou alguns terrenos, explicou que só os técnicos da defesa civil é que podem emitir laudos sobre as casas e ficou de retornar em breve para conhecer melhor o lugar.
Uma aluna já reclamou comigo na escola porque eu não chamei-a para ir também!
O Assa-Peixe (Vernonia polysphaera) é uma planta nativa do Brasil e nasce em beira de estradas, esgotos e terrenos. Lá na escola também brotou sozinha e correu o risco de ser cortada nas limpezas de mato, quando ainda era pequena. Mas foi logo descoberta pelos funcionários da EMJB e se tornou uma das espécies preferidas. A folha do assa-peixe ajuda a combater as afecções da pele, bronquite, cálculos renais, dores musculares, gripes, pneumonia, retenção de líquidos e até tosse. Rica em sais minerais, diurética, a erva também tem ação balsâmica e expectorante. Além disso, o mel de abelhas criadas junto a plantações é muito apreciado, com sabor leve como laranjeira. Atualmente em floração, o assa-peixe da escola atrai vida e encanta por ter sido planta desconhecida que agora faz parte da farmácia-viva da EMJB, como um dos remédios naturais mais procurados. Suas flores apresentam colorações rosa e branca, que se acentuam conforme os botões se abrem ou a luz do dia.
Há um mês foram instalados no canteiro interno da EMJB 3 pluviômetros feitos de garrafa pet, um antigo desejo que tinha para completar o trabalho da Estação Meteorológica, iniciado há mais de dois anos. Afinal, o climograma possui o gráfico de linha da temperatura e o gráfico de barras das chuvas. Com isso, inicia-se uma fase de leitura das precipitações anuais no Morro do Castro, feitas por alunos do 6º ano. O mais difícil sempre foi arranjar as bases de madeira para as garrafas, que consegui copiando um modelo disponível na UERJ/FFP*. Um elástico segura as garrafas cortadas no alto.
Cada pluviômetro foi instalado em uma situação específica. O primeiro (nº 1 - foto do topo) foi colocado num ponto livre de qualquer influência da vegetação ou do telhado e vai captar a quantidade de chuva que cai diretamente do céu. O número 2 (acima) foi colocado embaixo de uma árvore, para que se possa perceber a influência da copa na interceptação da chuva. Na semana passada, por exemplo, o primeiro armazenou 55ml de água e o segundo 50ml - uma diferença de 5ml**. Como não chovia há alguns dias, a chuva lavou as folhas da goiabeira e a água do nº 2 ficou com a cor marrom.
O número 3 foi colocado na linha dos fluxos de água concentrados que caem das canaletas do telhado. Neste ponto é captado apenas o fluxo de uma das dezenas de canaletas do telhado ondulado, para mostrar a quantidade de água que poderia ser armazenada a cada chuva. Na de 55ml do pluviômetro 1 (a da noite do dia 25 para 26 de abril), esta garrafa transbordou e captou sozinha 1880ml de água, dando uma pequena dimensão do que poderia ser reaproveitado na escola. A chuva que fica nas garrafas é medida pelos alunos através de uma proveta de plástico milimetrada (abaixo).
Andréa Regina e Lucas Lima (turma 6A) mediram as primeiras.
Entenda mais assistindo o vídeo.
* Agradecimentos especiais à Professora Ana Valéria Freire Allemão, do Departamento de Geografia da UERJ/FFP. ** É necessário fazer uma equação para a conversão em milímetros, pois se mede a altura da chuva.
Dia 26 de abril. Atividades: plantio de várias mudas de capim citronela; rega; limpeza da calha com a transposição dos sedimentos para os canteiros suspensos das salas do 6º ano; registro das atividades com a câmera digital.
Local: terreno da face sul da EMJB. Duração: de 10:30 às 12:30h. Partipantes: grupo de alunos da 6A (a turma saiu mais cedo neste dia).
Este vídeo faz parte de uma proposta pedagógica que visa estimular os alunos a utilizar tecnologias para produzir, sozinhos, materiais audiovisuais. Este trabalho começou a ser desenvolvido ainda na EMPF a partir de 2007, com alunos do 9º ano, mas foi interrompido com a minha saída ignominiosa de lá. Já na EMJB passei a lecionar apenas em turmas de 6º e 7º anos, com menos autonomia para realizar este tipo de atividade. O estímulo para retomá-la foi a possibilidade de inscrever os alunos em um festival internacional de cinema jovem que está acontecendo na Índia - indicado pela Professora Rosa! O vídeo acima foi um dos poucos que eles produziram sozinhos e é uma entrevista feita em março pelos estudantes Daniel Lessa e Diego Bryan (ambos da 6A) com Marcelo Zarro, da cooperativa Disk Óleo Vegetal, no dia em que ele foi à escola buscar as garrafas de óleo de cozinha usado. O Daniel infelizmente pediu transferência depois da chuva catastrófica, que condenou sua casa e obrigou sua família a se mudar, e foi uma grande perda também para a EMJB.
O tempo foi curto para que pudéssemos elaborar um material mais completo, mostrando as diferentes vertentes do projeto em cada canto um canteiro cultivado. A ideia é continuar a produção, mesmo com a escassez da ferramenta mais importante de trabalho, a camera digital. Não conseguimos participar do festival indiano, mas o elogio dos organizadores valeu o esforço!
"Dear Sir/Madam, Thanks for your interest in IYFMF 2010. We are delighted to have you with us. Thanks for sharing a preview of the beautiful work done by you and your students. Please convey our regards and best wishes to all. It was really nice to see those pictures and the blog and a pleasure to see the kind intent behind everything. We're really glad that you encourage such ideas in students. Please keep up the good work."
Este chá de 4 ervas é muito apreciado pelos funcionários da EMJB como remédio caseiro para aliviar sintomas de gripe e resfriado. No preparo, a Tonha usa o método de decocção, que consiste em deixar as folhas na água fervendo durante alguns minutos. As 4 plantas utilizadas são cultivadas no terreno da escola desde o ano passado e retrasado. O Luiz mostra a receita abaixo:
Folhas de guaco (Mikania glomerata)...
Folhas de assa-peixe (Vernonia polysphaera)...
Folhas de laranja-da-terra (Citrus aurantium)... 
em São José dos Campos (SP).
Os alunos têm levado pimentas para seus familiares...
Tem pra todo mundo...
A foto acima é na saibreira, onde ocorreram grandes avalanches...
Uma aluna já reclamou comigo na escola porque eu não chamei-a para ir também!
