quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Reforma na educação

Achei esta matéria por acaso, folheando uma revista (Veja, de 21/11/07) numa recepção de consultório. É uma entrevista com o americano Eric Nadelstern, que comanda uma das reformas mais radicais já feitas numa rede de escolas públicas: implantar um novo modelo cujos pilares são a competição e a recompensa baseada no mérito. Os especialistas dizem que a reforma merece a atenção de governantes, educadores e também dos pais, pelos bons resultados já colhidos. Com uma carreira de 35 anos em escolas públicas de Nova York, poucas pessoas entendem tanto do assunto quanto ele, que é convidado para dar palestras no mundo inteiro. O trecho a seguir foi o mais revelador:

Veja – Quais medidas se revelaram mais eficazes em sua própria experiência?

Nadelstern – De saída, concluímos que não dá para ter bom ensino sem reunir na escola um grupo de profissionais obcecados por acertar. Isso é algo que certamente não aparece por geração espontânea, pelo idealismo puro e simples. Para contar com uma tropa de gente decidida a fazer de determinada escola um exemplo de excelência, é preciso antes de tudo lhe dar incentivos concretos, tal qual ocorre em uma empresa privada. Não me refiro aqui apenas ao aumento de salário, que também ajuda, mas sobretudo a uma política de premiar com mais dinheiro diretores e professores que alcancem os melhores resultados. A Coréia do Sul já fez isso com sucesso e estamos colocando a idéia em prática agora em Nova York. Com a velha isonomia salarial, passamos uma mensagem equivocada do menor esforço, segundo a qual dar a alma ao trabalho não faz nenhum sentido. Queremos estimular justamente o contrário.

Leia a entrevista completa em http://veja.abril.com.br/211107/entrevista.shtml.

Na "cidade educadora" (?!) também se passa esta mensagem equivocada. Afinal, quem são os bons profissionais da educação pública de Niterói?


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