quinta-feira, 7 de março de 2013

EMJB no Jornal EI!


Saiu este mês no jornal EI! Entretenimento e Informação, de Niterói, uma matéria sobre arborização nas escolas, com destaque para o nosso projeto na EMJB...

 

"Rio 50º - concreto, asfalto e falta de árvores elevam os termômetros

   Nos primeiros dias do verão, os termômetros da cidade do Rio de Janeiro marcaram a mais alta temperatura desde 1915. A sensação térmica chegou a 50 graus. No Jornal Bom Dia Rio!,o ambientalista Sérgio Besserman afirmou que o fenômeno se deve principalmente ao excesso de prédios,o asfaltamento das ruas e a falta de árvores nas cidades.

As escolas como ‘ilhas verdes’ nos centros urbanos

   O geógrafo formado pela UFRJ Rogério Lafayette, em entrevista para o jornal EI!, afirmou que recentemente o jornal O Globo mostrou estudos científicos que comprovam que os oásis urbanos (ilhas verdes) nas cidades amenizam a temperatura do entorno em até 4 graus.
   Lafayette tem especialização na UERJ/FFP em dinâmicas urbano-ambientais e, como professor de geografia da rede municipal de Niterói, desenvolveu um programa de plantio de árvores nas escolas. “Se não for possível arborizá-la (algumas escolas estão completamente cimentadas hoje), que seja a rua em frente ou o seu entorno”, sugeriu.
   Trabalhar em escolas com terrenos grandes e espaços ociosos com solo foi seu estímulo inicial. “Utilizar esse potencial da escola, podendo sair um pouco com os alunos da sala de aula, por que não aproveitar? Conhecer pela internet Rosa Sousant, professora de São José dos Campos que organiza um dia de plantio de árvores em escolas de todo o país (o ENO TreePlanting Day) foi uma motivação a mais para continuar plantando. A Escola Municipal João Brazil (EMJB), em que atuo desde 2007, participa desse evento desde 2010”, afirmou.

As vantagens de uma escola arborizada

   Lafayette enumera outras vantagens de uma escola arborizada: “Na escola, o plantio de árvores tem um grande valor pedagógico, além do ambiental: os alunos têm contato com o solo, cuidam das mudas, acompanham o seu desenvolvimento e conhecem diferentes espécies. Os alunos, em geral, participam, só precisam ser estimulados”, apontou o geógrafo.
   Mas o trabalho é árduo e as dificuldades muitas: “Na EMJB tenho todo o apoio da direção da escola, mas nem todo lugar é assim. Aprendi a transformar obstáculos em motivação”. Ele conta que muitas vezes paus e pedras substituíam as ferramentas que não havia. Caixinhas de leite viravam sementeiras para o pequeno viveiro de mudas desenvolvido na própria escola. Segundo Lafayette, não foi fácil conseguir árvores e o horto do Jardim Botânico do Rio foi o que mais doou. 
   Em 2012, o projeto "Em cada canto um canteiro cultivado" plantou mudas para recompor a mata ciliar do Rio das Pedras (valão que drena o Morro do Castro) onde fica a EMJB."


Março de 2013 - nº 29 - EI! | 9.
 .

Um comentário:

Maria Lucia - Rafael Sardenberg disse...


Nós do Jornal EI! ficamos muito felizes em publicar o importante projeto desenvolvido pelo professor Rogério Lafayette na EMJB.
Que as sementes desse trabalho se espalhem por muitas outras escolas de Niterói, do Estado do Rio e do Brasil.
Parabéns à equipe.

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