quinta-feira, 11 de junho de 2009

Novos moradores

Antes não morava ninguém naquele espaço, mas depois que a vegetação foi crescendo... Com a variedade de espécies vegetais introduzidas, mais as espontâneas, formou-se a base da cadeia alimentar. Com isso, os consumidores primários começaram a aparecer. Como o gafanhoto, inseto da ordem dos ortópteros, que se fartou da mandioca (foto acima) e, depois de colhida, foi comer a bucha (abaixo).

No meio tropical, a vida multiplica-se rapidamente e a terra que tudo dá pode ser também tomada por pragas vorazes. Esse desequilíbrio pode ser observado lá. No começo nem se viam as lagartas, elas só deixavam o rastro nas folhas comidas de maracujá. Agora são muitos desses lepdópteros, que não deixam esta espécie vegetal se desenvolver e não perdoam nem a rúcula.

De vez em quando, surpreendem com alguma novidade...




Atualmente quem vai à hortinha depara-se com um verdadeiro laboratório vivo ao ar livre. O interessante deste espaço de observação é que ele pode quebrar um pouco a noção do aluno de que esses bichos são sempre ameaças e devem ser trucidados. Quantas vezes vi alunos querendo matar uma mariposa ou uma largatixa - até uma esperança - só porque entraram na sala de aula.

Abaixo, percevejos (hemípteros) explorando duas espécies vegetais distintas.


Disse-me a Professora Etelvina, lá da EMJB, que até pouco tempo os livros didáticos de Ciências vinham com uma classificação de bichos nocivos à saúde, o que reforçou muito essa ideia que se tem de dever matá-los. A Professora Maria Julião contou-me que uma vez os alunos viram um gambá e armaram-se de paus e pedras para "acabar" com o animal. Perguntados pelo porquê da perseguição implacável, responderam: "Porque ele fede, fessôra".

As aranhas (aracnídeos) são carnívoras e oportunistas: constroem suas teias próximas às plantas que atram seus alimentos (mosquitos e borboletas).


No budismo, a superioridade do homem está justamente em reconhecer a inferioridade dos animais e por isso mesmo protegê-los. Afinal, é tudo vida.

E este abaixo, é um besouro (coleóptero)?


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2 comentários:

Renato MRA disse...

Olá amigos,

Sou membro ativo do projeto Geomata e lá na nossa área de atuação temos os mesmos percevejos e o mesmo besouro (última foto) que eu estou querendo descobrir o nome até hoje!

Belo projeto o de vocês, parabéns!

VicenteDuarte disse...

Tive a oportunidade de registrar um vídeo deste besouro!
http://www.youtube.com/watch?v=5fnZ58zvNoU

Parabéns pelo projeto!

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