A Professora de Geografia Rosa Santos, que desenvolve o Projeto Mão na Terra na Escola Estadual Dinorá Pereira Ramos Brito, em São José dos Campos (SP), conheceu este blog esse ano e, depois de alguns contatos, sugeriu um intercâmbio entre as duas escolas, através de uma troca de sementes por meio de cartas.
Dias depois, os envelopes chegaram nas mãos de alunos do 6º e 7º anos. As sementes enviadas foram plantadas em casa e na escola e despertaram a curiosidade e o interesse em conhecer mais as plantas do nosso terreno. As cartas, por sua vez, aguçaram a vontade de se comunicar com alunos de outro Estado.
A resposta aos remetentes envolveu o envio de sementes da EMJB - a maioria de feijão guandu (Cajanus cajan (L.)) - e a produção de textos descritivos acerca da horta, da escola, do bairro e da vida dos próprios alunos. O uso do meio virtual (internet) foi o ponto de partida para essa atividade, mas cabe destacar que tal meio de comunicação não substituiu o tradicional uso do correio, que valoriza a escrita e promove um contato “real”, concretizando as relações através do envio de objetos.
O título da matéria, sugestão da Professora, é um convite não só ao intercâmbio de sementes, mas às inúmeras possibilidades de trocas envolvendo as pessoas, o meio ambiente, as escolas e as experiências positivas. Um passo importante foi dado e uma grande teia começa a ser construída...
Por enquanto está só no início mas já originou um painel apresentado na Feira Integrada da EMJB. Agradecimentos aos alunos de ambas as escolas, pela participação e dedicação, e à Professora Rosa pela parceria e incentivo.
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3 comentários:
Olá Rogério!
Acho que conseguimos dar um passo importante, pois essas trocas podem sinalizar outras práticas possíveis e valores que acreditamos tão urgentes. Estou na expectativa que aprendizagem aconteça realmente e tenhamos a oportunidade de experimentar outras formas de convivência e de superação de um sistema desigual.
O legal de tudo isso, como você já colocou no painel é que vamos vivenciar o desafio de utilizar o velho e o novo, ou seja, a carta e a net, a espera e o instantâneo, que são diferentes formas de comunicação, incentivando a leitura e a escrita, na busca de inventar, adaptar e reconstruir um caminho mais criativo, alegre, para fazer a diferença no sentido de concretizar práticas mais próximas da realidade desses garotos, pois toda e qualquer ação dentro da escola somente terá sentido se estiver voltada para romper o ciclo vicioso da reprodução da pobreza, alienação e marginalização, não é??
Bom, acredito que uma grande teia está sendo construída, por enquanto, por nós, paulistas e cariocas, que juntamos nossos sonhos na esperança de um outro mundo possível...
Parabéns e obrigada pela parceria.
Olá Rosa!
É isso aí! Também estou na expectativa. Gosto especialmente quando você fala em aprendizagem significativa... Esse conceito é seu? Acredito que nesses momentos realmente ocorram aprendizagens significativas. Uma vez alguém perguntou por que ficava depois do horário na horta. Porque o que se aprende ali, na prática, em pouco tempo, pode valer mais do que toda a manhã em sala de aula.
Se não fosse você, essa troca não seria possível!!! Valeu!
Se houvesse alguém que me fizesse o favor de me arranjar o feijão guandu (Cajanus cajan), ficaria muito grato.
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