"Itacueretaba significa "cidade velha de pedras". Este recanto foi escolhido pelos primitivos habitantes para ser Abaretama, "terra dos homens", onde esconderiam o precioso tesouro Itainhareru. Tendo proteção de Tupã, era cuidadosamente vigiado por valentes guerreiros, sob o comando do grande chefe Tarobá, escolhido pelo conselho de anciões guaranis. Todos sabiam há muito tempo, pela fala do pajé, que os tupis inimigos planejavam apossar-se de Abaretama e tudo o que nela houvesse.
A bela índia Nabopê recebera a missão de facilitar a invasão dos tupis, acampados pouco distante no vale do rio Tibagi. Para tanto, deveria ela deixar-se cair prisioneira de Tarobá, contando-lhe o infortúnio de ser banida do seio de seus irmãos por recusar-se casar com um guerreiro inimigo de seu falecido pai. Nabopê fora conduzida até os campos do Cambiju e dali sozinha dirigiu-se ao perigoso destino.
Sob a noite escura, quando os ventos zuniam entre os paredões de Abaretama, Nabopê, temerosa dos maus espíritos, fingiu que estava perdida e começou a gritar por socorro. Sua voz aguda ecoou ao longe, através da solidão fria e silenciosa. Não tardou que um vigilante guerreiro guarani, de guarda num alto penhasco, logo a capturasse, levando-a a seu chefe. A beleza de Nabopê impressionou, como se esperava, os olhos penetrantes de Tarobá.
Durante alguns dias, Nabopê permaneceu sob vigilância na gruta onde se alojava o chefe guarani. Mas com o passar dos dias conheceram-se melhor e daí nasceu um romance de amor.
Ambos foram forçados a esquecer da missão que suas tribos lhes confiaram. O amor, mais forte que o dever, fizera os dois amantes caírem em desgraça perante sua gente.
Irmanados, porém, pelo mesmo afeto, os dois amantes estavam preparados para não sobreviverem, e naquela hora, com a coragem dos deuses em quem acreditavam, beberam juntos uma taça de veneno, a fim de fugir da implacável vingança de ambas as tribos enfurecidas.
Conta a lenda que Tupã, o deus do trovão, em memóra da heróica luta daquele amor profundo, transformou os corpos dos dois amantes em dois penhascos, um maior (Tarobá), outro menor, (Nabopê), ao redor da rocha com forma de taça suicida, para lembrar o fim do trágico romance, entre os vultos de pedra que são os guerreiros mortos.
Abaretama hoje é chamada de Vila Velha, pouco distante das furnas, enormes crateras chamadas de Caldeirões do Inferno, onde desapareceu para sempre, entre estalidos ensurdecedores, o lendário tesouro, que foi diluído pelos raios ígneos de Tupã e levado por um rio subterrâneo, para dourar, pouco além, as águas mansas de uma lagoa, depois chamada de Lagoa Dourada.
Diz a lenda que as pessoas mais sensíveis à natureza e ao amor, quando ali passam, ouvem a última frase de Nabopê: Xê pocê o quê (dormirei contigo)."
A bela índia Nabopê recebera a missão de facilitar a invasão dos tupis, acampados pouco distante no vale do rio Tibagi. Para tanto, deveria ela deixar-se cair prisioneira de Tarobá, contando-lhe o infortúnio de ser banida do seio de seus irmãos por recusar-se casar com um guerreiro inimigo de seu falecido pai. Nabopê fora conduzida até os campos do Cambiju e dali sozinha dirigiu-se ao perigoso destino.
Sob a noite escura, quando os ventos zuniam entre os paredões de Abaretama, Nabopê, temerosa dos maus espíritos, fingiu que estava perdida e começou a gritar por socorro. Sua voz aguda ecoou ao longe, através da solidão fria e silenciosa. Não tardou que um vigilante guerreiro guarani, de guarda num alto penhasco, logo a capturasse, levando-a a seu chefe. A beleza de Nabopê impressionou, como se esperava, os olhos penetrantes de Tarobá.
Durante alguns dias, Nabopê permaneceu sob vigilância na gruta onde se alojava o chefe guarani. Mas com o passar dos dias conheceram-se melhor e daí nasceu um romance de amor.
Ambos foram forçados a esquecer da missão que suas tribos lhes confiaram. O amor, mais forte que o dever, fizera os dois amantes caírem em desgraça perante sua gente.
Irmanados, porém, pelo mesmo afeto, os dois amantes estavam preparados para não sobreviverem, e naquela hora, com a coragem dos deuses em quem acreditavam, beberam juntos uma taça de veneno, a fim de fugir da implacável vingança de ambas as tribos enfurecidas.
Conta a lenda que Tupã, o deus do trovão, em memóra da heróica luta daquele amor profundo, transformou os corpos dos dois amantes em dois penhascos, um maior (Tarobá), outro menor, (Nabopê), ao redor da rocha com forma de taça suicida, para lembrar o fim do trágico romance, entre os vultos de pedra que são os guerreiros mortos.
Abaretama hoje é chamada de Vila Velha, pouco distante das furnas, enormes crateras chamadas de Caldeirões do Inferno, onde desapareceu para sempre, entre estalidos ensurdecedores, o lendário tesouro, que foi diluído pelos raios ígneos de Tupã e levado por um rio subterrâneo, para dourar, pouco além, as águas mansas de uma lagoa, depois chamada de Lagoa Dourada.
Diz a lenda que as pessoas mais sensíveis à natureza e ao amor, quando ali passam, ouvem a última frase de Nabopê: Xê pocê o quê (dormirei contigo)."
Texto retirado de uma peça de artesanato do Parque Estadual de Vila Velha, Paraná (a foto da taça é "clássica" dos livros de Geografia!).
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2 comentários:
Oi Rogério!!
Fiz um curso no INPE e conheci o GEODEN, o pessoal de Niteroi já conhece né? A Angélica( que é carioca, só tava perdida por aqui...rs) contou q vcs fizeram um curso p conhecer o software e aplicar no ensino fundamental, vou pensar em como utilizá-lo por aqui.
Ficou bacana o titulo do blog... tudo a ver com o seu trabalho, parabéns!!
Linda as fotos...a lenda... preciso conhecer esse lugar.
:)
Uma ótima semana!!!
acesse www.pernadepautupa.wordpress.com
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