quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Fonseca pelos alunos

Esta matéria foi produzida pelo grupo formado por Ana Vanessa, Jefferson, Jéssica, Thais e Walkíria, numa atividade passada para os alunos da turma F9B na aula de Geografia (leia matéria abaixo da ANDEF). Ficou show! Parabéns!!

Introdução:

Este trabalho traz entrevistas com moradores do Fonseca, com opiniões sobre a reforma da Alameda e informações sobre a nossa escola. Uma entrevista com Sr. Sérgio da Rocha, morador antigo da Riodades, outra com uma ex-aluna do Ceimpro (atual EMPF) e a última com a dona da pastelaria mais "badalada" pelos nossos alunos, apelidada de "China".

Alameda São Boaventura em 1909 e 2007, Sérgio e Ana Vanessa (no alto), Fátima Denise (no meio e à direita com o uniforme do Ceimpro) e a dona da pastelaria (abaixo) - clique na montagem de fotos para ampliar.

Entrevista com Sérgio (pai de Ana Vanessa):

1- Como era a Alameda antigamente?

Na Alameda São Boaventura, antes de sua criação, corria por toda a sua extensão o rio Vicência que desaguava na Baía de Guanabara. A Alameda teve sua origem na fazenda que tinha o mesmo nome nos idos de 1800 a 1900.

A ligação rodoviária - entre o Rio de Janeiro e Niterói e a Região dos Lagos e outros municípios do Litoral Fluminense - obrigou o Estado do Rio de Janeiro a construir no bairro do Fonseca uma via de ligação de grande porte para escoamento dos veículos da capital; o Estado cujo governador era o Dr. Nilo Peçanha em 1907 construiu a Alameda São Boaventura, utilizando em seu calçamento paralelepípedo em duas vias de acesso independente e arborizando o canal central. Essas obras ocasionaram a vinda para Niterói (principalmente no bairro do Fonseca), de importantes famílias que moravam no RJ, construindo em toda extensão da Alameda belas casas, servindo de repousos para viajantes que depois partiriam para o Norte Fluminense, Região do Lagos, etc.

2- Existiam mais árvores que atualmente?

Sim, havia o dobro de árvores na Alameda, abatidas na primeira grande reforma em 1970 pela prefeitura de Niterói, para permitir que a nova iluminação instalada iluminasse melhor; nessa época se deu também a retirada da linha férrea (os bondes), para facilitação do trânsito.

3- Era muito freqüentada por automóveis como hoje?

A proporção de veículos da época da década de 50 para os dias atuais foi de mais de 1000%, em face da importância dessa via rodoviária.

4- O senhor mora aqui há quantos anos?

53 anos.

5- O que mais mudou?

O Fonseca perdeu muito em qualidade de vida em relação aos anos 50, a poluição sonora e visual está excedendo os limites para as pessoas que habitam o bairro, os bons estabelecimentos de ensino (talvez os melhores de Niterói), sucumbiram. Hoje a Alameda é apenas uma via de ligação entre cidades.

6- Como o senhor gostaria que fosse de fato o Fonseca?

Gostaria apenas que fosse um elegante bairro residencial.

7- O que você acha da obra que farão na Alameda?

Eu não posso ser contra o progresso, mas em nome dele sacrificar árvores centenárias para o escoamento do trânsito, sou totalmente contra. Não esqueçamos que a palavra Alameda significa um corredor de árvores, que muito embelezou o bairro.


Entrevista com Fátima Denise:

1- Há quantos anos você mora no Fonseca?
Desde que nasci.

2- Como era a escola antigamente?
A construção continua a mesma, só a secretaria que mudou, não tinha quadra na frente da escola e eram usadas apenas as quadras de trás.

3- Quantas e quais escolas já foram ali?
Três, quatro com a Paulo Freire. Os outros foram: Ma-Larem (que possuia um convênio com um estaleiro cujo nome era o mesmo), Ceimpro e Colégio Brasil.


Entrevista com a dona da pastelaria apelidada de "China":

1- A pastelaria é muito freqüentada pelos alunos da EMPF?
Sim.
2- Quando foi inaugurada esta pastelaria?
Há 5 anos.
3- A Alameda é um bom ponto para o comércio?
Sim.
4 - O que você acha da reforma da Alameda?
Acho bom.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sei que estou sempre aqui no blog fazendo comentários. Acho que é porque eu não consigo ficar calada diante de tantos trabalhos bonitos e bem feitos! Adorei aprender um pouco da história do Fonseca com o pai da Ana Vanessa! É muito bom ouvir as histórias dos moradores do bairro. Ana, seu pai é fantástico! Este trabalho é um resgate da história do bairro e também um novo olhar sobre a geografia do lugar (urbanização). Legal conhecer uma pessoa que já estudou no lugar que hoje é a EMPF. Lindo, lindo, lindo ... Um beijão alunos!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...