Com certeza você já ouviu falar em águas-vivas. E em caravelas? - Aposto que pensou nas embarcações usadas por Pedro Álvares Cabral! Nada disso! A caravela a que me refiro é um animal parente da água-viva. Tanto a água-viva quanto a caravela são animais pertencentes ao grupo dos Cnidários. Elas apresentam células urticantes, os chamados cnidócitos, que provocam queimaduras nos banhistas. A partir dessas células, localizadas nos tentáculos, estes animais conseguem se defender e capturar o seu alimento, geralmente pequenos peixes. Como as águas-vivas são mais populares vamos conhecer um pouco mais sobre as caravelas.
A caravela (Physalia sp.) é na verdade uma colônia de pólipos. O grupo dos cnidários é formado por animais fixos (os pólipos) e por animais livre-natantes (as medusas). As medusas são representadas pelas águas-vivas e os pólipos pelas anêmonas, hidras, corais e caravelas. Mas diferente dos demais pólipos, a caravela é a reunião de vários animais unidos entre si que apresentam uma bexiga flutuante (cheia de gases). Isto faz com que ela seja levada pelas correntezas. A bexiga arrasta os pólipos com os seus tentáculos, que podem atingir até 30cm de comprimento.
As caravelas são mais perigosas do que as águas-vivas por serem uma colônia. Podem causar pequenas lesões na pele e até a morte de seres humanos, dependendo da espécie, da região geográfica (no oceano pacífico as toxinas são mais poderosas), da parte do corpo exposta e da sensibilidade da vítima à ação do veneno. Por isso, quando for à praia, fique atento! É fascinante encontrar caravelas, mas não é nada legal ser queimados por elas. As fotos (clique para ampliar) foram tiradas na praia de Tamandaré, em Pernambuco. Apesar de serem perigosos, estes animais são importantes para o equilíbrio da natureza e contam um pouco mais da história da evolução da vida - seqüência em que as espécies apareceram - no Planeta Terra.
Um comentário:
Muito maneira a matéria,Kelly.Tenho certeza que a feira também vai ser um sucesso!!
Beijossss
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