Em cada canto um canteiro cultivado: Rio de Janeiro, aquele abraço!

sábado, 1 de março de 2008

Rio de Janeiro, aquele abraço!

Muitas pessoas confundem a data de aniversário da cidade maravilhosa: 1º de março ou 20 de janeiro? Por quê?

Em 1555, os franceses invadiram a Baía de Guanabara pretendendo aqui fundar uma colônia, a França Antártida. Só onze anos depois, em 1564, os portugueses resolveram organizar uma expedição para expulsá-los e fundar uma cidade fortificada com o objetivo de impedir para sempre outras invasões. Estácio de Sá, sobrinho do governador Mem de Sá, chegou por aqui no dia 28 de fevereiro com alguns navios e soldados, desembarcando na praia entre o morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar. No dia seguinte, 1º de março de 1565 (se chegasse um ano antes, teria sido 29 de fevereiro!), fundou oficialmente ali a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em homenagem ao rei menino de Portugal, e escolheu o santo de mesmo nome para padroeiro, a quem se presta homenagem no dia 20 de janeiro.

Diz a lenda que, na batalha contra os franceses e tamoios (índios que eram maioria aqui e os apoiavam), um moço louro lutou bravamente em uma das canoas na Baía, desaparecendo logo depois da peleja. Era o santo padroeiro defendendo a sua cidade. Depois deste episódio, o sítio foi transferido para o morro do Castelo, onde hoje é o centro do Rio (veja acima, numa reprodução do local há 400 anos). E dentre os que também ajudaram os portugueses na aventura (e essa não é lenda!) estava o "cobra das tempestades", o índio Araribóia, chefe dos temiminós e amigo de Mem-de-Sá, que ganhou como recompensa a sesmaria de Niterói e se tornou o único índio a fundar uma cidade no Brasil (São Lourenço dos Índios, oficialmente em 22/11/1573).